sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Saudade



E cá estamos naquela época do ano em que a saudade me consome mais do que em qualquer outra altura. 
Há coisas que uma vez partidas nunca curam... e há uma parte de mim que se partiu faz muito tempo e que nunca poderá ser reparada, os estilhaços lá estão guardados, e lá ficarão para sempre naquele canto a que ninguém tem acesso a não ser eu.
Há dias que nos marcam o corpo e a alma de forma irreversível... eu tenho uma escuridão impenetrável tatuada na alma, há em mim um vazio que nunca poderá ser preenchido, que faz parte mim.
Seja como for, o mundo não pára e o futuro está à espera, embora a saudade esteja sempre à espreita há que andar para a frente...

Tenho saudades tuas e interrogo-me muitas vezes se eu seria uma pessoa muito diferente se ainda estivesses comigo... só posso agradecer pelo tempo em que cá estiveste.
Fico-me pelas perguntas sem respostas, fico com o vazio e as recordações...
Queria dar-te um abraço... a saudade não mata mas dói e corrói a alma...

Tenho saudades... de ti... sempre... 

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