sábado, 18 de fevereiro de 2012



Às vezes, ser feliz não é uma tarefa nada fácil... pelo menos não parece! Tenho sentido uma insatisfação crescente que vem de dentro há já algum tempo, e como tal, algo vai ter de mudar. Ainda não decidi é o quê, nem quando. Mas algo vai definitivamente vai ter de acontecer porque eu vou fazer acontecer, mas parece que tenho de atingir o ponto de ruptura. Mas há uma pergunta que faz um eco na minha cabeça que é quando o encontrar e finalmente atingir, o que vai acontecer? É que uma vez que o fogo de artifício é disparado já não há retorno!
Existem aqueles pequenos momentos em que me consigo esquecer de tudo e tocar um pouco de tranquilidade ou felicidade, quando danço é um desses momentos... mas são pequenos momentos e não demora muito até que a realidade me volte a alcançar.
Sei que a felicidade não é um fim nem algo absoluto e total, é mais uma colecção de pequenos instantes e momentos que vamos experienciando mas ultimamente esses momentos têm-me sabido a pouco. Parece que há uma rotina que se instalou e isso está a corroer-me por dentro e a impedir-me de ser mais eu e mais feliz, a vontade de fazer o habitual diminui cada vez mais e a ânsia por algo diferente que me dê uma nova paz e emoção cresce a cada dia. Mas também não posso atirar-me de cabeça a algo apenas porque é novo e porque eu estou aborrecida, afinal não sou um animal irracional e as consequências existem no mundo real. A impulsividade é algo de bom dentro de certos termos, mas também uma pessoa não pode ser irresponsável e "suicida", a vida tem de continuar e é melhor cuidarmos com amor daquela que é a única que temos, porque se a estragarmos não teremos outra.
Às vezes apetece-me atirar tudo ao ar e ir para longe, mas eu sei que em última análise isso só seria bom para mim por algum tempo, não muito, porque sei que existem certas coisas de que preciso e me fazem bastante falta e que não iria poder levar comigo e isso deixar-me-ia infeliz.
Acho que talvez a felicidade e a insatisfação se intercalam e se complementam de uma certa forma algo estranha.
Ninguém se devia contentar com o que considera ser pouco, se algo não nos preenche o melhor a fazer é procurar o que realmente nos vai preencher em vez de simplesmente nos acomodarmos a algo que é bonzinho e está ali, até porque dá muito trabalho e não há certezas em arriscar o certo por algo incerto. Pois é, mas eu não me quero ver cheia de arrependimentos acerca do que podia ter feito e não fiz. Houve passos difíceis de dar e outros que não quis dar mas recebi um empurrãozinho e lá avancei... e ainda bem! Hoje sou mais eu, mais feliz de um modo geral, mais desprendida e com mais disposição a querer sempre mais.
Tenho os meus altos e baixos como toda a gente mas isso é parte da condição de se estar vivo.
E não é bom viver e apreciar as coisas boas e sentir a satisfação de levantar e ultrapassar as coisas que nos querem deitar abaixo?

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