quinta-feira, 25 de abril de 2013



Sim, as pessoas têm de morrer, de desaparecer, os amores e as amizades desvanecem-se, a distância acontece... eu sei disto tudo, já lá vai o tempo em que eu acreditava que aqueles que mais amava eram eternos... a infância é uma época muito doce e inocente, e essa inocência vai-se perdendo ao longo do tempo e torna-se apenas uma lembrança mais ou menos longínqua e querida.
As perdas são inevitáveis ao longo da nossa vida e vamos aprendendo a lidar com elas à medida que elas nos alcançam, e é nesses momentos que somos apresentados à cortante frieza da saudade que nos vai acompanhar em vários momentos até à nossa morte.
Mas ter saudades significa que tivemos algo que nos fez feliz, por mais breve que tenha sido essa felicidade, ela foi sentida e recorda-nos da dualidade inseparável do bom e do mau.
Com o passar do tempo as lembranças podem esbater-se mas o que é importante deixa sempre um traço, da alegria ou tristeza sentidas... a memória é algo engraçado, lembramo-nos de coisas que queremos esquecer e acabamos por esquecer partes de outras coisas a que nos queremos agarrar e manter perto de nós.
Se as alegrias são para ser vividas (e muito bem vividas), as tristezas também o têm de ser para poderem ser ultrapassadas, não é escondendo e evitando aquilo que nos entristece que se anda para a frente, só quando nos permitimos sentir é que conseguimos integrar as experiências, o que não quer dizer que tenhamos de ficar obcecados e bater sempre na mesma tecla, muito pelo contrário, o objectivo é se necessário parar um bocado e sentir o que há para ser sentido, e depois levantar o olhar e seguir em frente, nem que seja iniciando por passinhos bem pequeninos. Um início trémulo é melhor do que estagnar.
O bom e o mau ou menos bom estarão sempre connosco, mas a decisão de nos deixarmos ir é sempre nossa, pelo menos em parte.
As perdas que já vivi até hoje ensinaram-me a relativizar o que de mau e desagradável me acontece, acho que atribuo um peso bem menor aos contratempos e atribulações que vivo, e assim consigo seguir em frente mais facilmente, não que sinta menos as coisas, mas sei bem o que é tristeza "a sério" e comparativamente o resto parece-me mais pequeno, sinto mas sei que sobrevivo e sem grandes mossas... Pretendo aproveitar os meus dias ao máximo, não quero perder muito tempo com insignificâncias e "guerrinhas" estúpidas... gosto é de dançar,cantar e estar com as "minhas pessoas", para o bom e para o mal... o resto é paisagem!
A morte, a saudade são reais e inevitáveis, não há como contorná-las, mas a par delas existe vida, existe felicidade, para as quais não podemos cegar, caso contrário morremos por dentro e passamos a andar no vazio sem ambicionar que nada de bom aconteça, sem fazer que nada aconteça... deixamos de ser... e assim não pode ser.

sábado, 20 de abril de 2013

Possessividades e inseguranças




Tenho de fazer um desabafo... as exigências, as restrições e o sentimento de posse assustam-me bastante e fazem com que eu me afaste cada vez mais... Desconfio e acabo por rejeitar alguém que me queira impor a sua vontade sem sequer me ter em consideração na equação, sim porque para mim isto é egoísmo puro e simples e passa muito perto da falta de respeito... Enfim...
A minha paciência e tolerância têm limite... e uma vez ultrapassado, não me parece que seja possível voltar atrás...
Let's see.