segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Do A ao B?





É no mínimo engraçado a forma como a vida decorre... Os acontecimentos sucedem-se uns aos outros, e muitas vezes mal temos tempo de respirar e apreender verdadeiramente o que se está a passar... tudo muda tão depressa e tão lentamente ao mesmo tempo.
A simplicidade de outrora perdeu-se no passar dos anos e as complicações e implicações cresceram exponencialmente. Já quis tanta coisa que hoje já pouco ou nada me diz. Tantos planos e sonhos que foram ficando pelo caminho. Há tantas coisas que pensamos que queremos e achamos ser o melhor para nós mesmos e com o tempo acabamos por pensar de forma oposta e abandonar as antigas crenças e desejos... e ainda bem que mudamos, isso só demonstra que existe evolução. Mas... e se fosse tão fácil e linear (como tão ingenuamente acreditávamos) ir do ponto A ao ponto B? Será que as escolhas que faríamos seriam as mesmas? Certamente que não, se não existem dificuldades e desafios não há aprendizagem, e lá vem a acomodação, o "confortávelzinho"...
Linhas rectas raramente existem... mas será que existe alguma forma de saber a distância, a verdadeira distância entre A e B? Será que se pode de alguma forma encurtar essa distância? É que às vezes tantas curvas aborrece... e eu tenho alguma tendência para enjoar quando são muitas curvas consecutivas... true story... mas, quando sabemos que já chega? Por vezes é difícil saber, mas normalmente, simplesmente sabemos e lá vamos. É que por várias vezes já saltei do A directamente para o C ou mesmo para as muitas outras letras do alfabeto... afinal, com quantas mais letras se conheçam, tantas mais palavras podemos formar, e o que são as letras senão representações gráficas de sons que em harmonia nos permitem exprimir e comunicar? É preciso fazer música, ouvi-la e dançar, e dançar muito! 
A vida é uma teia de enredos, não há caminhos directos, há alguns becos sem saída e muitos caminhos que se entrelaçam numa tapeçaria infindável. 

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