sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Aquele vaziozinho da saudade




Que se faz quando sentimos que parte de nós está longe? Como lidar com a ausência e com aquele vazio que fica? Por vezes um dia parece uma semana...
Se é verdade que o tempo nos marca, mais verdade é que as pessoas nos marcam... moldam-nos, tiram-nos pedaços, refinam-nos... tudo aquilo que vivemos ao longo da nossa vida nos vai mudando, tal como um diamante a ser lapidado.
As pessoas passam pela nossa vida e deixam diferentes marcas, e algumas nem uma leve marca deixam, mas existem sempre aquelas que nos marcam fundo e mudam a nossa existência e não importa o tempo que estão presentes. Não são os anos, são sim as vivências que nos tatuam a alma. 
Nós não somos apenas matéria, existe algo de transcendente e único em cada um de nós, e ao longo do tempo vamos tendo encontros com outros que combinam mais ou menos com quem somos e com quem podemos vir a ser.
O sentimento de perda é complicado de se lidar, mas em última análise é melhor ter tido ou conhecido, ainda que por pouco tempo, do que nunca ter tido ou conhecido... o que importa não é a posse, é a intensidade da vivência, é podermos sentir e assim evoluir para nos tornarmos alguém melhor. Eu sou o resultado de um emaranhado de vitórias, erros, bons e maus momentos, escolhas certíssimas e escolhas erradas, pode haver uma ou outra coisa que apagava mas no geral acho que não mudava assim muita coisa.
Há pessoas de quem não sinto a mínima falta, nem me lembro da sua existência, e há pessoas que me fazem falta todos os dias... muita falta. Mas se sinto a sua falta é porque estiveram presentes ao meu lado a dada altura e carregam com elas uma parte de mim.
Preciso dizer que sinto a falta de me fazeres rir...

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