Como sempre vou caminhando por estradas que me são mais ou menos familiares... tudo me parece tão igual e ao mesmo tempo tão diferente...
Será que são as pedras que são diferentes... ou serei eu que caminho de modo diferente?
Recordo-me de uma lenda vivida em tempos que acabou por cair num esquecimento mais ou menos presente... e como lenda que é ecoa discretamente na consciência do presente, influenciando-o subtilmente... e no entanto não passa de uma lenda, de um passado distante...
É algo que me acompanha os passos, estando e ao mesmo tempo não estando... como as estrelas no céu... gosto de me deitar na areia e olhar para a lua e para as estrelas, sabendo que aquelas estrelas que vejo podem já nem existir, mas porque estão a milhões de anos-luz de distância a sua luz continua a chegar até nós mesmo após deixarem de existir... Como é possível que algo que já não existe ainda nos deslumbre e influencie a nossa vida?
Às vezes até as coisas mais simples são complicadas... às vezes as nossas mãos estão tão cheias de nada e às vezes o tudo não nos completa...
Queremos sempre mais como criaturas imperfeitas que somos, porque a perfeição não existe. Queremos tudo mas o tudo não chega, logo nunca teremos tudo pelo que continuamos criaturas sedentas de mais e melhor, tentando viver o melhor que sabemos, encontrando, perdendo e por vezes reencontrando algo com mais ou menos sentido que nos possa fazer sentir mais completos...
Mais completos ou dir-te-ia até, por vezes, tão incompletos!
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