terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Adeus...



Já tive tantas despedidas, muitas mais do que aquelas que gostaria de ter tido, mas no entanto as despedidas que mais me doem são aquelas que não tive, aquelas que me foram roubadas.
Dizer adeus não é fácil, fere... mas não poder dizer adeus fere muito mais e mais profundamente, e essa ferida que daí resulta dificilmente sara, pois o que se queria dizer e fazer não foi dito e feito e nem nunca poderá vir a ser dito e feito, deixando atrás de si um vazio por preencher... é uma ferida que dói todos os dias, dói sempre... apenas uns dias menos, outros um pouco mais...
Tenho a certeza que muitas mais despedidas me esperam ao longo da minha vida, e só espero poder tê-las a todas, por mais que me custem... muito mais me custa não poder dizer adeus e ficar suspensa no vazio, na ausência de um fim, de um adeus que me magoa mas me impele a seguir em frente e me dá algum conforto...
Gostava de nunca ter de dizer adeus, mas as despedidas são inevitáveis, as despedidas também são a vida, e como tal só posso desejar e esperar que em todas as despedidas que me esperam não me seja roubada a possibilidade de dizer adeus, de ter um último adeus que me irá acompanhar e fazer agradecer pelos encontros da vida, pelos olás, porque para cada adeus existe também um olá.
E por todos os meus olás e adeus estou grata porque, bem ou mal, fazem de mim quem eu sou...

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