quarta-feira, 25 de setembro de 2013
Magnetismos
É engraçado reparar que há pessoas com quem imediatamente nos ligamos e com quem nos entendemos às mil maravilhas... pelo contrário há outras pessoas que nem precisam de abrir a boca para nos incomodarem e que nos fazem imediatamente sentir vontade de nos afastarmos delas...
O que estará na base dessa atracção ou dessa repulsa que nos invadem tão sem explicação?
Não consigo explicar, sinto e pronto.
Gosto daquela sensação da electricidade que envolve dois corpos que se atraem, parece que se sente no ar e nos embriaga com o cheiro, gerando uma expectativa de antecipação e incerteza... da mesma forma que desprezo e faço por ignorar aquela sensação de quando estou perto de algo/alguém que me incomoda de forma igualmente repentina, profunda e inexplicável.
Está-nos na pele... arrepia-nos... rodeia-nos...
terça-feira, 24 de setembro de 2013
segunda-feira, 23 de setembro de 2013
E de tudo se passa a nada
Vivíamos num mundo que hoje se extinguiu. A chama tornou-se num incêndio que tudo consumiu sem dó nem piedade, o que sobra hoje desse mundo é um monte de cinzas estéril.
Nem ervas daninhas lá crescem... vive-se um inverno nuclear sem fim.
É estranho constatar que onde houve tanto, hoje não existe nada, apenas um eco distante de um vazio cheio de nada.
Não há nada a fazer... essas terras há muito que foram abandonadas de forma definitiva e irreversível. Constrói-se então outro mundo bem longe da maldição e da esterilidade desse mundo perdido. Só assim a vida pode continuar, só assim algo de bom floresce, só fugindo à contaminação passada.
É estranho mas é mesmo verdade que o tudo passa a nada, as verdades passam a mentiras,o que se desejou ardentemente passou as ser desprezado. O que se constrói também se demole, arrasa-se. Se dói? Até pode doer, aliás, só pode mesmo doer... mas passa... e dá lugar a algo melhor.
Vagueamos num vácuo indefinido
Sem nome, sem lei
Embriagados pelas nossas ilusões
naquelas tardes e serões.
Quem me define?
Sei que um dia me afastei,
e isso foi num tempo já perdido...
Quem te define?
Lado a lado nós não nos tocamos.
Como nos defines?
Esquece as definições...
É tanto o que falamos e ainda mais o que calamos.
Teremos de isolar-nos?
Será possível fazer cair as convenções?
Andamos em círculos apenas para ver,
quem irá quebrar o padrão...
Ninguém quer dar o braço a torcer.
Desafiamo-nos e queremos cair em tentação,
jogar, mas nunca perder.
Queres arder?
E que tal esquecermos todas as condições?
Será que vamos querer?
Mas não quero as tuas definições...
não quero essas ilusões... e já me chega de contradições.
domingo, 22 de setembro de 2013
segunda-feira, 16 de setembro de 2013
E sem se fazer anunciar lá vem ela
Às vezes a saudade vem do nada quando menos se espera..
Sinto saudades agora... estava a ouvir música e lembrei-me de ti e da falta que me fazes. Pudesse eu viajar no tempo, nem que fosse só por uma hora, até um daqueles domingos que eram nossos...
A palavra que me vem agora à cabeça é nunca...nunca mais... e custa saber a cada momento que não há mais abraços, palavras, momentos... nada... apenas as minhas recordações. Às vezes dou por mim a pensar na tua voz e a reproduzi-la mentalmente e ocorre-me que tenho medo de me esquecer do som dela, tal é o tempo que já não a ouço...
Já são mais os anos de vida sem ti do que os que passei contigo. O tempo não pára e também não cura tudo, e quem disser o contrário ou mente ou está enganado...
domingo, 1 de setembro de 2013
Às vezes uma loucura é tudo aquilo que precisamos para sentir algo, para fazer com que algo mude e se transforme e nos dê o alento que precisamos no momento.
É bom fazer uma loucura ou outra, pelo menos aprende-se sempre qualquer coisa.
Ainda bem que existem pessoas que têm a vontade e coragem de fazer loucuras.
E o inesperado acontece... e até supera as nossas expectativas!
Que possamos todos encontrar a nossa dose saudável de loucura.
Fico feliz por ti baby! ;)
quarta-feira, 28 de agosto de 2013
sexta-feira, 9 de agosto de 2013
Há Pessoas e pessoas
Há pessoas que nos fazem mais falta que outras... Há pessoas que nos surpreendem pela falta que nos fazem e outras que pelo contrário surpreendem quando nos apercebemos que nelas não pensamos há imenso tempo.
Dito isto, é bom, muito bom reencontrar velhos amigos e melhor ainda redescobrir que a amizade e o à vontade que anteriormente existia, ainda se mantém apesar do tempo que passou desde a última vez que partilhámos bons momentos. Ter pessoas assim na nossa vida é algo de fantástico.
Num mundo em que toda a gente julga toda a gente sem sequer se dar ao trabalho de conhecer minimamente e apenas porque sim, porque se é simpática demais ou antipática, ou feia ou bonita demais, ou alta ou baixa, ou loira ou moreno ou ruiva, ou pelo que se tem e pelo que não se tem... encontrar pessoas que nos compreendem e aceitam, sem necessariamente terem de concordar com tudo o que fazemos ou pensamos é uma espécie de bênção não tão fácil assim de conseguir, mas felizmente consegue-se. Serão estas pessoas as nossas almas gémeas (se é que as almas gémeas existem!)?
Seja lá como for, estas são as pessoas que valem a pena manter por perto, ainda que a distância física nos possa separar por pouco ou muito tempo, há sempre espaço e vontade de as manter pertinho do coração.
Algumas vezes pensamos como foi possível que tivéssemos demorado tanto tempo a encontrar aquela pessoa que se revelou tão especial para nós, pois podíamos ter tido muitos mais momentos espectaculares juntas, mas sempre ouvi dizer que tudo acontece por uma razão e acredito que isso deva ser verdade. As coisas são o que são quando o têm de ser, não antes, nem depois, e nós só temos de aproveitar e ser felizes o mais que pudermos, sempre que pudermos.
terça-feira, 6 de agosto de 2013
Como é que há tanta gente neste mundo que não tem a coragem de dizer o que pensa? Que falta de tomates crónica! É realmente uma coisa linda falar, falar e falar nas costas nos outros e à frente fazer aquele sorriso falsozinho e ter conversinhas fúteis de nada.
Tenho uma teoria que é que quem passa a maior parte do seu tempo a comentar as vidas dos outros são pessoas cujas próprias vidas são tão tristes, enfadonhas e vazias de significado que é melhor não olharem para dentro caso contrário ficam profundamente deprimidas e não têm mais nada que fazer que não seja limpar a casa ou olhar estupidamente para a televisão ou fazer outra actividade estupidificante para preencher o vazio interior.
Infelizmente acho que a felicidade de uma pessoa incomoda muitas outras pessoas. Mas será que não é melhor investir em mudar e melhorar a nossa própria vida, para que fique mais de acordo com o que queremos, em vez de gastar o nosso tempo a comentar e apontar o dedo à vida dos outros? Até porque nem tudo o que parece é, e quem vê de fora e de longe não vê grande coisa... que interessa o que os outros vestem, com quem estão, como se riem ou não se riem, onde vão...
É algo de tão feio a má língua dos desocupados e infelizes...
quarta-feira, 24 de julho de 2013
UPS!
Há pessoas que ainda não descobriram o remédio para a AZIA... mas ele existe e diz que resulta!
(Apeteceu-me ser mázinha)
:P
Será que as pessoas mudam verdadeiramente? Será que podemos voltar a percorrer velhos caminhos mas de forma diferente? Ou substancialmente diferente na tentativa de atingir um destino diferente... sinceramente não sei...
Uma das definições de loucura é fazer exactamente o mesmo esperando obter um resultado diferente... É possível mudar mesmo? Seremos loucos por tentar algo assim? E se não tentarmos estamos a condenar algo que poderia ter alguma hipótese, ainda que ínfima, de sucesso ao fracasso certo?
As nossas decisões fazem-nos e nós fazemos as nossas próprias decisões... Como decidir bem então? Como saber o que escolher, se vamos para a esquerda, direita, frente ou para trás... Andamos às voltas? Paramos?
Se há caminhos que nunca deveriam ser percorridos, parece-me plausível que também hajam caminhos que têm de ser repetidos... e será que tal vale a pena? O que de bom vai trazer uma mera repetição? Será possível pôr uma paisagem nova num caminho antigo e abandonado? Uma simples repetição não poderá levar a nada de bom, se não tal já teria acontecido à primeira e não haveria repetição, apenas continuidade... algo tem sempre de mudar.. mas será que muda?
Como sabemos até que ponto temos de mudar, o que é preciso alterar e como? Errar é humano, isso já todos sabemos apesar de nem sempre nos lembrarmos disso em dados momentos. É por tentativa e erro que se aprende... mas e quando nos iludimos e pensamos que nós ou algo ou alguém mudou e na verdade depois vamos ver e está tudo igual?
Sim, porque se nos desiludimos, foi porque em algum ponto nos iludimos, vimos algo que não existia sem ser na nossa cabeça. As desilusões acontecem por nossa causa e não pelos outros, afinal fomos nós que pusemos as lentes cor-de-rosa (ou de outra cor qualquer) e vimos aquilo que parecia em vez daquilo que realmente é, talvez só víssemos o que desejávamos ver.
Onde fica o limite? O limite que cada um de nós estabelece para que determinada situação avance ou perdure no tempo... teremos necessidade de continuamente testar os nossos limites em todos os aspectos da nossa vida? Felizmente esses limites até costumam ser dinâmicos e não estáticos... Mas e se esse limite é ultrapassado? Como e quando sabemos? E que consequências daí advêm?
Realmente o equilíbrio é algo difícil de se encontrar... e ao que parece impossível de manter durante muito tempo, o que não é necessariamente mau, porque nos força a sair de situações menos boas e a procurar algo melhor e mais de acordo com quem somos e com o que queremos.
Muda-se ou não se muda? Repete-se ou ignora-se? Aceita-se como é ou inventa-se algo que não é (ainda que tal não seja feito de forma consciente)? Decidimos ou já está decidido?
Pffffff! Sei lá! VIVE-SE! Não vale a pena fazer muitos planos, é bom tem um rumo, um objectivo mas é imperativo ser flexível e ter vontade de fazer acontecer e transformar.
Vamos ver o que acontece... afinal o amanhã está mesmo aí...
domingo, 16 de junho de 2013
A morte faz parte da vida, todos nós o sabemos, embora o tentemos esquecer até ao momento em que com ela somos confrontados... preparados para lidar com ela acho que nunca estamos verdadeiramente, ainda que seja algo que possamos adivinhar em algumas situações, quando é inesperado então nem se fala.
Parte-me o coração ver a minha avó a chorar... não consigo deixar de sentir aquele nó na garganta e de sentir as lágrimas a acumularem-se nos meus olhos enquanto tento não as deixar cair para não deixar a minha avó ainda mais triste...
Perder alguém que amamos é sempre muito triste e avassalador, seja em que idade for, ou em quais quer que sejam as circunstâncias.
Chorar acaba por ser inevitável quando algo mexe com os nossos sentimentos e afectos profundos.
A minha avó é uma das pessoas mais importantes para mim. Ela é uma das grandes responsáveis por eu ser quem sou hoje, sempre esteve presente e pronta a dar amor, aconchego, conselhos... faz-me sentir amada, muito amada, e contribui em muito para a minha felicidade.
Quero dar-lhe colo como ela tantas vezes me deu e partilhar da dor que ela sente para tentar aliviar-lhe o fardo de perder alguém...
Até logo, tio João!
sábado, 25 de maio de 2013
quarta-feira, 22 de maio de 2013
Mas quando é que o calor vem para ficar?! Estou cansada de dias ventosos e noites frias. Provavelmente é impressão minha mas parece que as pessoas andam meio entorpecidas, as coisas não ganham velocidade, pelo contrário arrastam-se! Mas enfim, tal como disse anteriormente, de certeza que deve ser impressão minha porque eu é que estou a transpor para fora o que sinto cá dentro.
Quero o calor, quero acção, novidades, mudanças de rumo rápidas e imprevisíveis... quero fazer planos e ser surpreendida. Estou aborrecida do convencional e do que deve ser... Acho que ando com vontade de partir a loiça e dançar em cima dos cacos!
Ai e que bem que ia agora uma esplanada voltada para o mar, uma salada de polvo e uma garrafa de vinho (ou melhor, algumas garrafas de vinho) divididas com aquelas pessoas que me são mais que especiais...
...Pudesse eu agora beber uma Carlsberg com ele...
Lá está! A falta de calor e de sol dá-me para a saudade e melancolia... penso nas pessoas que desapareceram, em sonhos ultrapassados, em caminhos abandonados... são tantas as coisas que me passam pela cabeça.
Volta calor! Aquece-me e espanta tudo aquilo que de vez em quando retorna e me entristece.
Bem... não tenho tempo para mais...
quinta-feira, 25 de abril de 2013
Sim, as pessoas têm de morrer, de desaparecer, os amores e as amizades desvanecem-se, a distância acontece... eu sei disto tudo, já lá vai o tempo em que eu acreditava que aqueles que mais amava eram eternos... a infância é uma época muito doce e inocente, e essa inocência vai-se perdendo ao longo do tempo e torna-se apenas uma lembrança mais ou menos longínqua e querida.
As perdas são inevitáveis ao longo da nossa vida e vamos aprendendo a lidar com elas à medida que elas nos alcançam, e é nesses momentos que somos apresentados à cortante frieza da saudade que nos vai acompanhar em vários momentos até à nossa morte.
Mas ter saudades significa que tivemos algo que nos fez feliz, por mais breve que tenha sido essa felicidade, ela foi sentida e recorda-nos da dualidade inseparável do bom e do mau.
Com o passar do tempo as lembranças podem esbater-se mas o que é importante deixa sempre um traço, da alegria ou tristeza sentidas... a memória é algo engraçado, lembramo-nos de coisas que queremos esquecer e acabamos por esquecer partes de outras coisas a que nos queremos agarrar e manter perto de nós.
Se as alegrias são para ser vividas (e muito bem vividas), as tristezas também o têm de ser para poderem ser ultrapassadas, não é escondendo e evitando aquilo que nos entristece que se anda para a frente, só quando nos permitimos sentir é que conseguimos integrar as experiências, o que não quer dizer que tenhamos de ficar obcecados e bater sempre na mesma tecla, muito pelo contrário, o objectivo é se necessário parar um bocado e sentir o que há para ser sentido, e depois levantar o olhar e seguir em frente, nem que seja iniciando por passinhos bem pequeninos. Um início trémulo é melhor do que estagnar.
O bom e o mau ou menos bom estarão sempre connosco, mas a decisão de nos deixarmos ir é sempre nossa, pelo menos em parte.
As perdas que já vivi até hoje ensinaram-me a relativizar o que de mau e desagradável me acontece, acho que atribuo um peso bem menor aos contratempos e atribulações que vivo, e assim consigo seguir em frente mais facilmente, não que sinta menos as coisas, mas sei bem o que é tristeza "a sério" e comparativamente o resto parece-me mais pequeno, sinto mas sei que sobrevivo e sem grandes mossas... Pretendo aproveitar os meus dias ao máximo, não quero perder muito tempo com insignificâncias e "guerrinhas" estúpidas... gosto é de dançar,cantar e estar com as "minhas pessoas", para o bom e para o mal... o resto é paisagem!
A morte, a saudade são reais e inevitáveis, não há como contorná-las, mas a par delas existe vida, existe felicidade, para as quais não podemos cegar, caso contrário morremos por dentro e passamos a andar no vazio sem ambicionar que nada de bom aconteça, sem fazer que nada aconteça... deixamos de ser... e assim não pode ser.
sábado, 20 de abril de 2013
Possessividades e inseguranças
Tenho de fazer um desabafo... as exigências, as restrições e o sentimento de posse assustam-me bastante e fazem com que eu me afaste cada vez mais... Desconfio e acabo por rejeitar alguém que me queira impor a sua vontade sem sequer me ter em consideração na equação, sim porque para mim isto é egoísmo puro e simples e passa muito perto da falta de respeito... Enfim...
A minha paciência e tolerância têm limite... e uma vez ultrapassado, não me parece que seja possível voltar atrás...
Let's see.
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