Destino ou livre-arbítrio? Será que tenho de escolher um dos dois? Será que um anula o outro?
À partida estes parecem ser dois conceitos opostos e que se excluem um ao outro, no entanto para mim ambos são válidos e coexistem perfeitamente. Acredito que há coisas, pessoas e acontecimentos que nos estão destinados, mas também acredito que somos nós que escolhemos o modo como abordamos e vivemos esses momentos da nossa vida...
Se numa tarde ao andar pela rua encontro uma rosa no chão, eu posso escolher passar ao lado e deixar que seja espezinhada por um mar de pessoas ou baixar-me e apanhá-la e levá-la comigo, pô-la numa jarra com água e contemplá-la e sentir o seu perfume e deixar que um sorriso se desenhe nos meus lábios apenas porque estou a apreciar um momento daqueles prazeres simples que povoam as nossas vidas e aos quais nem sempre damos o devido valor.
Porque a vida não "nos acontece" simplesmente, nós temos em nós mesmos o poder de decidir, de agir ou não agir, porque somos seres pensantes e actuantes, nós influenciamos o meio em que vivemos, estamos constantemente a alterar a nossa realidade e a realidade dos que nos rodeiam. Mesmo a mais pequena acção que possamos fazer pode ter um efeito enorme na vida de outra pessoa quando nós até podemos nem nos aperceber ou acreditar que tal seja possível.
Então pode dizer-se que o destino são as cartas que nos calham e que o nosso livre-arbítrio é aquilo que nos permite jogá-las da melhor forma possível de que nos lembramos.
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