quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Impulsos & Tentações



Fui às compras à procura de uma prenda, e encontrei-a... e não só... encontrei também o meu diabinho que gosta de compras... e ele sentou-se no meu ombro e sussurou-me ao ouvido aquilo que eu queria ouvir... e eu é claro, cedi à tentação...
Não precisas mas é lindo, faz-te mal mas dá-te prazer... é engraçado como encontramos sempre forma de racionalizar tudo, até o argumento mais estúpido te serve de desculpa para fazer algo que tens vontade, algo que queres porque sim, apesar de saberes que essa não será a escolha mais acertada... deixas-te levar pelo prazer do momento... e isto aplica-se a tudo nas nossas vidas...
Às vezes agimos sem pensar muito bem naquilo que fazemos... mesmo sabendo que o que estamos a fazer não é a melhor opção para nós, escolhemos ignorar as consequências e tomamos decisões por impulso no calor do momento... muitas vezes até é bom, outras já não é tão bom...
Seja como for, cedendo ou não aos nossos impulsos, é importante que tenhamos a consciência de que os nossos actos têm consequências, sejam elas agradáveis ou desagradáveis, esperadas ou inesperadas...
Tal como as regras existem para serem quebradas (não todo o instante claro), as tentações existem para que possamos cair nelas de vez em quando.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Querer mais que apenas esperar...


Às vezes pergunto-me o porquê de as pessoas esperarem tanto por algo, por qualquer coisa que pode ou não aparecer...Porque é se espera e não se arrisca a mudar ou a fazer algo de diferente do habitual? Não sou muito boa a esperar, às vezes tem de ser claro, mas sou um bocado impaciente além de ter sede de conhecer mais e melhor... quero novidades...
Compreendo e sei que não é fácil sair da nossa zona de conforto e deixar algo que é confortável e conhecido, a mim também nem sempre me é fácil... mas é preciso sair da caixa e ir mais longe.
Não é repetindo os mesmos comportamentos e caindo na dormência do hábito que vamos viver e sentir algo de novo, não é assim que se aprende ou que crescemos... Medo, receio ou pura preguiça todos sentimos, mas quando nos deixamos cair na inércia estamos a "morrer" um bocadinho.
Agir sempre da mesma maneira e esperar resultados diferentes é uma das muitas definições da loucura, e até acho adequado, porque se caímos sempre nos mesmos erros e continuamos a esperar um resultado diferente, é porque algo de errado se passa connosco, existe ali um ciclo que tem de ser quebrado e por algum motivo não o vemos ou queremos quebrar... e isto aplica-se a tudo nesta vida...
Neste momento procuro algo ou alguém, não sei muito bem, que me leve para lá daquilo que conheço. Tenho sede de algo diferente, algo mais... sei lá... Queria uma cor nova com um toque de originalidade para pintar os meus dias... será que quero demais? Não sei, mas também sei que nunca fui pessoa de me contentar com pouco, sou curiosa mas o meu interesse por algo que não considero estimulante e diferente depressa se desvanece... para as coisas permanecerem têm de ser especiais, têm de ter alguma qualidade, algo que deixe uma marca. As "coisas" de que falo são pessoas, objectos, músicas, fotografias... tudo aquilo que povoa o meu mundo e com as quais tenho algum tipo de ligação emocional, um significado seja ele explícito ou oculto.
Preciso do calor, da doçura, da liberdade e da descoberta e claro, de ter o meu cantinho para retornar sempre que me apetecer para me aconchegar e pensar tudo aquilo o que vivo e sonhar com muito mais...
Gosto de surpresas e acontecimentos inesperados mas não gosto de esperar que a vida aconteça... como é óbvio, não controlo tudo, ninguém controla, mas gosto de ter algo a dizer e poder fazer para que algo aconteça...
O conhecido e familiar é o ponto de partida, o desconhecido é o que nos impele a ir mais longe e voar.

sábado, 25 de setembro de 2010

Erros mais ou menos certos

Há alguns dias tive uma conversa com alguém acerca do que é certo e o que é errado, e hoje apetece-me escrever acerca disso mesmo...
Quem sabe o que é certo e o que é errado em todos os momentos? A realidade é tão fugaz e fluida que está sempre a mudar... tal como as nossas cabeças, desejos e vontades. As certezas de hoje serão as dúvidas de amanhã...
O que nos leva a fazer algo que sabemos estar errado, ou pelo menos ser menos certo, mas que não conseguimos evitar? Deve ser porque se aprofundarmos talvez não seja assim tão errado, talvez haja um fundo de que nos diz que está certo e tem razão de ser... Caso contrário não sei porque faríamos de livre vontade algo que consideramos totalmente errado e que talvez até nem nos faça bem...
Realmente, o mundo é complicado, ou melhor, as pessoas têm tendência a complicar tudo, até o que é simples... Parece que gostamos da complicação, dos sobressaltos e curvas inesperadas... eu tenho de dizer que até gosto, até certo ponto...
O esperado são apenas os primeiros passos do caminho, é o inesperado o que nos leva para longe...

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Caminhando...


Como sempre vou caminhando por estradas que me são mais ou menos familiares... tudo me parece tão igual e ao mesmo tempo tão diferente...
Será que são as pedras que são diferentes... ou serei eu que caminho de modo diferente?
Recordo-me de uma lenda vivida em tempos que acabou por cair num esquecimento mais ou menos presente... e como lenda que é ecoa discretamente na consciência do presente, influenciando-o subtilmente... e no entanto não passa de uma lenda, de um passado distante...
É algo que me acompanha os passos, estando e ao mesmo tempo não estando... como as estrelas no céu... gosto de me deitar na areia e olhar para a lua e para as estrelas, sabendo que aquelas estrelas que vejo podem já nem existir, mas porque estão a milhões de anos-luz de distância a sua luz continua a chegar até nós mesmo após deixarem de existir... Como é possível que algo que já não existe ainda nos deslumbre e influencie a nossa vida?
Às vezes até as coisas mais simples são complicadas... às vezes as nossas mãos estão tão cheias de nada e às vezes o tudo não nos completa...
Queremos sempre mais como criaturas imperfeitas que somos, porque a perfeição não existe. Queremos tudo mas o tudo não chega, logo nunca teremos tudo pelo que continuamos criaturas sedentas de mais e melhor, tentando viver o melhor que sabemos, encontrando, perdendo e por vezes reencontrando algo com mais ou menos sentido que nos possa fazer sentir mais completos...

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Uma questão de pele...



Como é que funciona a química? Porque é que temos reacções tão intensas acerca de alguém que acabámos de conhecer? Como é possível que alguém que acabámos de encontrar nos seja tão desagradável, ao ponto de nem conseguirmos ouvir o som da sua voz?
As primeiras impressões são importantes, muitas vezes são elas que vão pautar o modo como nos vamos relacionar com as pessoas que vamos conhecendo, já que inicialmente não temos muita informação acerca delas e precisamos ter uma base para saber como interagir com esta e aquela pessoa. Realmente as primeiras impressões são importantes, mas não são tudo, temos de saber ver mais além, é preciso ultrapassar preconceitos e juízos, as pessoas e as coisas não têm apenas uma dimensão, muitas vezes parecemos ser algo que na verdade não somos ou que pouco tem que ver connosco, seja por causa de algo que foi dito ou feito em determinada altura, ou porque alguém bem intencionado nos "avisou" de determinado aspecto ou aspectos de alguém ou coisa ou actividade... sei lá! Eu prefiro ainda assim experimentar as coisas por mim mesma e conhecer as pessoas... nem sempre se pode confiar nas primeiras impressões...
É muito estranho este mecanismo inconsciente que nos leva a sentir que não gostamos nem um pouco de alguém que nada nos fez para que tal aconteça. É que às vezes nem é preciso que a pessoa abra a boca para dizer seja o que for, nem é pelo aspecto, talvez seja mais pela postura ou algo mais básico e primitivo como os tais químicos, as hormonas e feromonas. Será o tal instinto? Eu diria mais que é uma questão de pele...
Da mesma maneira que este mecanismo nos faz desgostar ou mesmo sentir repulsa de alguém, também nos pode impelir para junto de outras pessoas. São aqueles casos de atracção em que te identificas e te sentes bem com alguém que acabas de conhecer, tens curiosidade e vontade de estar com essa pessoa e saber mais sobre ela... tenho alguns amigos e amigas com quem experimentei esta empatia imediata e ainda hoje em dia nos damos às mil maravilhas, também já experimentei esta atracção num outro nível que não apenas a amizade platónica, ou seja, a um nível romântico ou para ser mais precisa do desejo... aquele magnetismo, a electricidade que te invadem quando estás perto daquela pessoa que faz a tua temperatura subir e tu nem sabes muito bem como nem quando tal aconteceu...
Repulsa ou atracção... é algo inexplicável e inconsciente... é mesmo uma questão de pele...

Ideias...

Tenho umas ideias na cabeça que me andam a ocupar o pensamento há já algum tempo... ainda não estão completamente amadurecidas mas para lá caminham hehehehehe
Tenho pensado muito em algo de que tenho sentido falta já há bastante tempo... estou a investigar... quero ver o maior número de opções possíveis para escolher aquela que mais me agrada e com a qual mais me identifico e que também me será mais útil no futuro...
Quero uma mudança desta rotina, mas não quero qualquer coisa... nunca fui pessoa de me contentar com o que me aparecesse, e as coisas que não evoluem cansam-me, ou melhor, desmotivam-me...
Agora estou feliz e tenho uma confiança que me vem de dentro... muitas ideias, muitos rumos, muitas possibilidades... vamos ver como corre esta minha, pelo menos tentativa, de regressar às origens.
Feeling good today ;)

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Words, words...



Nestes últimos dias tenho escrito tanto, tanto... mas não me apetece publicar quase nada daquilo que escrevo... são os meus manuscritos electrónicos secretos... gosto de os ter.
Nem tudo o que parece é... às vezes o mesmo se aplica aos meus textos. Muitas vezes num mesmo texto o passado e o presente se intersectam de um modo que só eu é que sei, o que faz com que apenas eu consiga apreender a totalidade do conteúdo derramado em palavras...
Uma palavra pode ter tantos significados por si mesma ou ainda pelas outras palavras que a acompanham... já o disse e volto a dizer, gosto de escrever e além de gostar preciso de escrever, tal como de respirar e dançar e dar mergulhos...
Além de ter esta necessidade de transformar o que sinto e o modo como vejo o mundo em palavras, por vezes também gosto de brincar com as palavras de um modo mais leve, jogando não tanto com os seus significados mas mais com a sonoridade que estas têm.
E de onde vem a inspiração, de onde nasce aquela vontade de querer escrever? Depende dos dias ou das noites... vem de lugares tão diversos... pode vir de conversas com pessoas importantes, de um dia bem passado na praia, de alguém desconhecido, de uma imagem, de um sonho, de uma situação real, do passado, do presente, do futuro quem sabe, de algo que li ou fotos que vi, de uma música, de um perfume... e claro, de dentro de mim, de algo que quero pôr cá para fora...
Aqui faço acontecer as minhas palavras...

Kiss the unspoken


Tell me who do you see when you look at me
Tell me who are you, but tell me the truth
Ask me how I am
I want to know where you stand
Forget the lies and all the goodbyes
Ignore the kisses in the dark
Talk to me about the unspoken
I know it left a mark
Bring me back what has broken
Break the chains of embarassment
Clean the pages that were tainted red
Step back and start fresh
Let's say what has to be said
Forget the fire that burned our flesh
Ignore all the judges and their words
Let's go back to the slow burning fire
One can not be a slave of desire
I don't want to feel surronded by their swords
Don't know what to say but I need this devil to go away
I want the simplicity again, no more games
Don't want the people staring and listening
Let's ignore our so called shames
Let's be just who we are 'cause life's short
Empires might be rising
I need to find the north, and I need the sun and the moon
Say no more and say it all
Be here, be gone... I don't even know if I care
The time will change soon...
Here comes another Fall
Have a kiss... You can leave the light on...
Will you dream or have a nightmare?
What questions trouble our minds these days?
What light blinds our eyes?
Try to see me and I'll try to see you
Who brought a secret into the light?
What have we done when we crossed that line?
I'll give you my time...
Give me your truth...
The unspoken always stays...
We're not good at goodbyes...
So have a kiss in the dark... or have a kiss in the light...
Have a kiss... or not...
.
.
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Este é um texto antigo que estava em papel e que resolvi rever recentemente e que acabei por publicar

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

...Put your hand on your heart...

Hoje apetece-me músicas calminhas e com uma sonoridade quente para relaxar corpo e mente...

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Interrupções...



Neste últimos dias estou farta de começar a escrever e ser constantemente interrompida...
Há sempre alguma coisa que se intromete entre mim e as palavras... e lá tenho de ir... e lá se vai o fluxo de ideias... e depois já não consigo continuar porque parece a ideia ou pensamento original já foi alterado e não me faz sentido continuar a escrever sobre algo que já passou ou perdeu ou ganhou intensidade.
Tudo o que escrevo é o reflexo do que sinto ou em que penso naquele mesmo momento em que estou a escrever, ainda que o tema já venha a ser pensado há algum tempo, é naquele instante que as ideias confluem para o papel e lá ficam para voltarem ou não a ser lidas, recordadas e comparadas posteriormemente com outras situações ou com a evolução da mesma situação a que se referem...
Vou é dar mergulhos... aí de certeza que não sou interrompida ;)