Às vezes faz falta uma pedra no charco. É preciso agitar as àguas de vez em quando, é preciso oxigená-las, porque convenhamos que àguas estagnadas não encantam ninguém. Quem gosta de àguas estagnadas são os microorganismos e vermes que vivem na escuridão opaca que não deixa ver a luz do sol.
É preciso mudar, evoluir de vez em quando, o que não quer dizer que nós e o nosso mundo tenhamos de estar em constante desassossego porque também faz falta deixar a poeira assentar e disfrutar dos momentos.
O que já não é tão bom é a acomodação, quando nos deixamos ficar numa situação que já não nos satisfaz mas que é confortável e onde não nos precisamos de esforçar muito... a rotina também mata... e mata devagarinho...
Por vezes queremos tudo e queremos tanto que cegamos para o resto que não seja o nosso objecto de desejo naquele momento da nossa existência. Perdemos um pouco o contacto com o outro, e o que é pior, com nós mesmos... e o equilíbrio é algo de muito necessário que nesse instante deixa de existir... e recuperá-lo, nem sempre é tarefa fácil, mas eventualmente é possível recuperá-lo.
Aquele impulso disruptivo do cair da pedra nas nossas àguas é algo de fantástico porque, se por um lado, baralha tudo aquilo que nos é familiar, por outro lado, é o impulso criador de algo novo e sem precedentes que vamos de experienciar...
Para sermos felizes, temos de sair da nossa caixinha linda e decorada a nosso gosto... só assim vamos perceber que ela não é perfeita e que a perfeição é algo que simplesmente não existe...
Viver é arriscado e nada fácil... mas na maior parte das vezes é tãaao boooommm...
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