sexta-feira, 30 de julho de 2010

Dias e noites...


Ontem estava com um humor um pouco estranho... não gostei muito do dia, não fiz o que queria fazer, mas tive de fazer o que precisava ser feito... uma consequência de ser uma pessoa adulta e com responsabilidades, enfim, nem vale a pena pensar muito nisso nem refilar porque o que tem de ser tem muita força.
Mas o facto de querer ir para a praia e não poder deixou-me ainda mais aborrecida e um bocado "amuada" talvez, porque a verdade é que estava mesmo a precisar de uns mergulhos e não era só por causa do calor abrasador que se tem sentido...
Felizmente que a noite correu melhor... bem melhor. Mas com boa companhia, boa comida, bebida fresquinha, muita boa disposição e gargalhadas à mistura, a vida torna-se mais leve e mais fácil de levar e os pequenos aborrecimentos reduzem-se à sua insignificância.
A foto que escolhi não é da noite de ontem mas é de uma outra noite daquelas.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Perdas e trambolhões...


Agora apeteceu-me escrever acerca de uma conversa que tive não há muito tempo com alguém e que me deixou a pensar sobre aquelas alturas da vida que uma situação à partida atraente se transforma numa prisão?
O que fazer quando aquilo ou quem nos deveria fazer felizes (e fez à partida) deixa de o fazer?
O que é que acontece para que o que faz todo o sentido deixe de o fazer (claro que isso não acontece bruscamente, mas sim aos poucos e por isso mesmo é difícil tomar consciência do que está a acontecer até a bolinha de neve se ter transformado numa avalanche mortífera)?
Como é possível que todas as certezas e a sensação de bem-estar tenham dado lugar às dúvidas e à sensação de náusea?
Como é possível que o mundo volte a fazer sentido quando nós mesmo nos sentimos a desintegrar por dentro?
O que fazer quando isto acontece?
Eu sei que na vida há um tempo para tudo, tempo para sofrer e tempo para rir e só nos podemos levantar do chão se antes tivermos caído... mas é que às vezes há com cada queda, daquelas de partir os ossinhos todos do corpinho, mas lá encontramos maneira de nos levantar e erguer a cabeça, cada um à sua velocidade e do seu modo muito particular, porque receitas mágicas não existem.
Há decisões difíceis de tomar... mt difíceis... que implicam perdas umas mais significativas que outras mas no fim, maior perda será enganar-nos a nós próprios, cegar e fechar os olhos para o que nos rodeia... e eu sei-o e sei-o muito bem...
As perdas e os trambolhões que vamos dando podem ser originadas pelos nossos próprios actos, o que muitas vezes faz com que nos voltemos contra nós mesmos, ou elas podem ter uma origem totalmente exterior a nós, o que impede que possamos exercer aqualquer tipo de controlo sobre as circunstâncias e aí a nossa raiva e indignação pode voltar-se para o mundo de uma forma indiscriminada...
Normalmente quando tentamos dar sentido às perdas que vamos sofrendo, sejam elas de alguém, de um ideal, de um projecto de vida, ou o que for, o tempo é importante, é preciso respirar fundo, bem fundo e muitas vezes... temos de tentar juntar os pedaços e curar as feridas o melhor possível, porque embora o nosso mundo interior possa ter ruído, a vida não parou, como não pára nunca, e o melhor que temos a fazer é levantar-nos com a certeza de que as nossas cicatrizes nos acompanham por algum motivo, que é para que não nos esqueçamos do passado e para que possamos enfrentar o futuro com uma nova consciência de que coisas melhores por aí virão...
Porque o dia também não existe sem a noite e os rios desaguam no mar... depois da tristeza vem a felicidade.
Bem... já chega, que não me sinto com muita clareza neste momento...

My way!


Porque é que as pessoas se sentem no direito de opinar e falar sobre a vida dos outros como se fossem donos da razão?... por vezes os seres humanos são tão básicos, tão centrados em si mesmos que se esquecem que todos somos diferentes, todos vivemos e sentimos as coisas de modo diferente e como tal ambicionamos diferentes coisas para nós próprios...
Mas porque é que insistem em querer pôr-me numa caixa? Limitada por parâmetros que são vossos e não meus e os quais não me dizem muito... Afinal quem sabe o que é melhor para mim? Quem sabe o que me faz feliz? São os outros ou eu? É claro que sou eu! E não vou tolerar as vossas imposições ou ideias pré-concebidas sobre o que acham que devo fazer ou viver... Odeio que me queiram prender e restringir a padrões tradicionais que não me fazem o menor sentido.
Porque insistem em querer dizer-me como me devo sentir? Será porque o que é um pouco diferente da vossa realidade vos assusta porque não o conseguem compreender? Será que estão tão absortos no vosso caminho que acham que esse é o único porque só conseguem ver o que está à vossa frente e perderam a noção da vastidão e possibilidades imensas que é o mundo que os rodeia? Abram os vossos horizontes para outras formas de viver, pensar e sentir... viagem e cultivem a tolerância, deixem de querer que o mundo e as pessoas se moldem à vossa maneira de pensar e agir, aos vossos objectivos e metas... esses são apenas vossos, decorrentes da vossa maneira de pensar e sentir e das escolhas têm feito...
Amiguinhos... o que resulta para vocês não tem necessáriamente de resultar para mim! O meu caminho traço-o eu!
Querem a minha felicidade, sim eu sei disso... mas não é na vossa caixinha com as vossas regras que vou encontrá-la... não é à vossa maneira e sim à minha maneira... Cada um de nós tem a sua própria noção de felicidade e realização pessoal. Cada um tem os seus próprios sonhos e a sua maneira de realizá-los ou não se assim o entender...
Felizmente a vida tem muitas cores e cada cor tem imensas tonalidades e eu faço questão de utilizar o máximo possível destas cores para colorir a minha vida e o meu mundo... poder ser que o que para vocês é suficiente para mim seja muito pouco... tal como vocês podem querer coisas que eu não desejo para mim... e não existe um único caminho ou resposta certa, o que é preciso é abrir a nossa mente à diversidade e aceitar que a diferença existe...
O mundo pelos meus olhos é diferente do mundo pelos teus olhos... mas isso não é uma coisa má, pelo contrário é algo de muito bom porque as nossas visões entrelaçadas são muito mais ricas.
Don't try to fix me, I'm not broken!
Hoje senti necessidade de fazer este pequeno desabafo...

terça-feira, 27 de julho de 2010

Carícias

O que é uma carícia senão quando o que sentimos não pode ser transposto para palavras e falamos com as mãos... ;)

domingo, 25 de julho de 2010

Viagem no tempo



Este fim de semana viajei... foi uma viagem de emoções... onde o estar ali a desfrutar daquele momento de prazer no momento me remeteu para vivências do passado, e a conjunção do presente com o passado me fez transbordar de alegria e emoção...
Adorei o concerto dos NOME e mais ainda ouvir de novo a RODA que tantas vezes ouvi num tempo em que as cassetes tocavam incessantemente e andavam de mão em mão, eram gravadas e regravadas e acompanhavam o fluir daqueles dias com muito poucas responsabilidades e muitas ideias e preocupações típicas da juventude.
Foi bom, muito bom, ter viajado no túnel do tempo e me ter encontrado de novo com 16, 17 anos... ver claramente pessoas e acontecimentos passados que guardo com tanto carinho e saudade, de uma altura tão feliz da minha vida... vi-me de novo contigo e contigo e contigo e contigo e contigo... vi-nos a nós com a alegria, a vontade de mudar o mundo, a sensação de imortalidade, e a doçura da adolescência, quando tudo era ideal e possível, embora não fizessemos a menor ideia de como concretizar as imensas possibilidades... Foram tantos os momentos e alguéns que desfilaram à frente dos meus olhos enquanto ouvia aquela voz e acordes... foi pura emoção...
Muita emoção e loucura à mistura... muitas horas a de sono em atraso, mas ainda assim o corpo não pára, quer agitação e sentir todas as sensações e viver as muitas gargalhadas e diversão, muitas pessoas do passadoe do presente, muita diversidade num cenário fantástico e paradisíaco como é a ilha do Farol, que de resto eu adoro desde sempre...
Sinto-me com muita sorte porque fui muito feliz, e apesar de todos os imprevistos e contratempos que vou encontrando, posso dizer que sou feliz e que sei que vou ser ainda muito mais feliz... Sinto-me leve!

quinta-feira, 22 de julho de 2010

São voltas...

As coisas dão cada volta... a Vida dá cada volta...
Quando penso que escolhi um caminho em vez de escolher outro, acontece algo que me faz olhar em volta e ver que afinal esses caminhos estão interligados e não se separaram... e lá fico com a cabeça a mil a pensar no que aconteceu e no que poderá vir a acontecer. E depois penso se não estarei a pensar demais...
É quando os não's se transforam em sim's e os sim's em não's, as certezas passam a incertezas, as noções de para a frente e para trás confundem-se... As possibilidades são infinitas e as questões abundam...
E cá estou eu seguindo e deslizando na loucura dos dias e no calor das noites... e as borboletas voltam... for how long? Well...

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Sleepless

Sem sono...
é assim que estou...
Sem sono, sem rumo...
Aérea, intemporal e incandescente...
Cá estou num sonho,
suspensa e ainda assim presente.
Onde eu e tu nos perdemos no meio do fumo...
Cá estou eu entre velas...

...Intoxication...

Tonight you'll burn in my fire...
I'll low my defenses
and we'll roll around in desire...

Tonight... because tomorrow is still so far away...

terça-feira, 20 de julho de 2010

Fazendo puzzles...



Puzzles... por acaso gosto de fazer puzzles... juntar as peças para obter a imagem um todo... mas tenho de confessar que neste momento a a minha vida parece um puzzle gigantesco que tenho dificuldade em completar.
Estou numa fase em que não estou a conseguir ver a imagem do todo... assim é mais complicado fazer o puzzle que neste momento se me apresenta e já me apetecia passar ao próximo puzzle...
Sou curiosa e gosto de desafios mas também sou um bocado impaciente, custa-me aguardar por algo... gosto de fazer, e preciso de novidades, de voltas e reviravoltas porque a monotonia me enche de tédio... talvez o que preciso seja olhar com outros olhos para o puzzle e "think outside the box"... Também não tenho pensado muito na vida ou em nada, tenho andado simplesmente a sentir e apreciar os momentos, o que é muito bom, mas chega uma altura em que também tenho de pensar mais além do que simplesmente o agora.
A verdade é que nunca me esqueço das muitas coisas que quero, das que tenho e das que tenho e das que não tenho, a lembrança e sugestão delas estão sempre latentes, nem sempre acessíveis à consciência, mas ainda assim estão lá, o puzzle acompanha-me por mais espalhadas que as peças possam estar...
E de um momento para o outro, as ligações entre as peças começam a aparecer-me diante dos olhos e aí posso encaixá-las perfeitamente umas nas outras e tudo começa a fazer mais sentido, as linhas, as curvas e as cores entrelaçam-se umas nas outras, e na minha cara desenha-se um sorriso de satisfação e vai aparecendo então o desejo e vontade para iniciar um outro puzzle.
Bem... só tenho de ter um pouco de paciência e voltar a olhar para o meu puzzle... eu sei que a solução está diante dos meus olhos, é sempre assim e seja como for, os meus puzzles nunca os faço totalmente sozinha, há sempre tantas pessoas que neles figuram e me permitem ver o todo através das muitas peças... obrigada a todos presentes e ausente mas que têm influência nos meus puzzles ;)

BIG NO




I know what I want, but I won't tell you... I really don't want to do that, just like I don't want you to guess, that's just not your place. I already said what I had to say... you just don't want to hear it.
Stop chasing what you can't get! The more you come closer, the more I want to run away... I already told you that, so please understand it this time...
I don't like repeating myself and more than that I don't like pretending and I won't do what I don't want to do... You should know that by now...

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Old pictures

Looking to some old pictures I found unexpectedly, I couldn't stop smiling and before I knew it a tear dropped from my eye, and then another, and another, and another... and there I was crying while I looked at one of the last pictures we ever took... That picture reminded me how mutch I miss you and how inevitable some things are, and that death is the only thing that's certain in life...
We tend to think that we're invencible and immortal as so are our loved ones, and as we grow old we are confronted with our own mortality and the mortality of others several times... and even if we don't want to, we can't escape it nor it's efects...
As we loose family and friends we are left to deal with the pain that their absence causes in us... it's hard but we go on because we owe it to them, to their memory and to ourselves and to others that surround us... We want them to be proud of us and above all we want to be happy. We're alive so have to find happyness. That's the ultimate purpose in everyone's life TO BE HAPPY.
Right now I just know I miss you and it hurts... but you had to go...
I miss you, but throught my tears I smile because I had you in my life.

Um beijo Avô.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Imprevistos



Realmente a vida é cheia de imprevistos, há sempre coisinhas que nos aparecem para nos aborrecer, é como quando estamos na praia e aquelas nuvenzitas chatas resolvem aparecer e tapar o sol momentâneamente... mas com esses pequenos aborrecimentos podemos nós muito bem, uns afectam-nos mais que outros dependendo do nosso estado de espírito e de onde nos encontramos emocionalmente no momento, ou seja, a importância que têm somos nós que a atribuímos... e se estes pequenos contratempos existem, também existem as pequenas alegrias que vêm ter connosco no nosso dia-a-dia e às quais por vezes não damos o devido valor porque estamos muito ocupados a remoer os aborrecimentos que temos... mas essas pequenas dádivas estão lá! Só falta abrir os olhos!
O pior mesmo não são estas pequenas contrariedades, isso é a vida como se diz... o pior é mesmo quando acontece algo tão devastador que nos tira o chão debaixo dos pés e e nos deixa cheios de perguntas quando todo o nosso mundo tal qual o conhecemos cai... e infelizmente esses acontecimentos acompanham-nos ao longo da vida, por mais que evitemos pensar neles, quando menos esperamos somos emboscados pela vida e o nosso mundo fica voltado de pernas para o ar e lá ficamos nós parados a tentar atribuir um significado ou uma razão ao que aconteceu enquanto tentamos descobrir como continuar, como seguir em frente quando nem sabemos onde é para frente e onde é para trás...
Pensamos no que perdemos e no que tivémos e no que não iremos mais ter... e é difícil... muito difícil... Nesse momento a realidade é crua e feia e dilacera-nos a alma e não há palavras nem nada que nos faça sentir bem... apenas o tempo e só ele vai fazer com que a dor vá diminuindo embora nunca seja esquecida... há feridas que cicatrizam bem, outras que nem por isso...
A dor faz parte de nós bem como a alegria e uma não existe sem a outra. Como saberíamos rir e aproveitar cada momento e cada pedaço de felicidade ao máximo se nunca tivessemos chorado e sofrido? O sofrimento faz-nos dar mais valor às coisas boas da vida... parece que o negro do sofrimento nos faz depois apreciar com mais intensidade as cores da vida...
Não correu como eu esperava ou como imaginei à partida? Paciência! Quem me diz a mim que não virá por aí algo melhor? Reformula, reconstrói, parte para outra... Não será a primeira vez que caio e me levanto com as partidas que a vida me prega...
Eu sei que já aprendi muito e muito mais me falta aprender e também sei que agora aproveito muito mais os momentos de felicidade ainda que pequenos do que há anos atrás... também procuro não dar muita importância aos tais pequenos imprevistos que de hora a hora me acontecem... acontece a todos, e por mais lixada que possa ficar, basta-me olhar, e não é preciso ser para muito longe, que imediatamente encontro alguém numa situação bem pior e aí as coisas reduzem-se à sua verdadeira importância e volto a dar valor aquilo que realmente interessa e não às insignificâncias da vida...
O que é preciso é VIVER e viver BEM! Ser FELIZ!

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Pearl Jam - Black @ Alive 2010

This song takes my breath away everytime...

Always...

ALIVE 2010


Não consigo encontrar palavras para descrever tudo aquilo que senti naquela noite de sábado a ver o concerto de Pearl Jam... foi lindo, maravilhoso e de certa maneira foi uma viagem no tempo e nas minhas emoções presentes e passadas, com lágrimas nos olhos e sempre com um sorriso nos lábios... Foram várias as pessoas e os momentos passaram diante dos meus olhos em fast forward, e embora longe, naquele momento estiveram mesmo ali à minha frente que quase lhes podia tocar se estendesse a mão...
Foi muito bom, muito emocional e muito divertido. E foi muito bom ter estado com pessoas que me dizem muito, ficaram a faltar algumas outras é verdade, mas só fisícamente porque todas essas pessoas estão sempre comigo onde quer que vá porque as levo no coração.
Realmente não tenho mais palavras, mas há vezes em que estas não são precisas mesmo...

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Chuva de Verão

Tão inesperada,
tão rápida veio como se foi.
Gostei de ser surpreendida!
A Chuva de Verão,
quente e intensa
tal qual como uma paixão de verão
que me deixa rendida
e com uma alegria imensa,
ainda que curta.
Mas não interessa,
o que interessa é viver.
Querer e ser!
Esquecer a promessa
do que há-de vir...
Eu estou aqui e agora
Amanhã quem sabe o que vou sentir?
Quem sabe onde vou estar?
Quem sabe quando é a hora?
Agora é o momento!
Tudo a ganhar e nada a perder...
Quero rir e dançar sem parar
Guardo mil imagens no pensamento
É tão bom VIVER!!!

terça-feira, 6 de julho de 2010

Ausências...



Finalmente estou de volta após tantas ausências, não tanto as fisícas mas mais as emocionais, que me impediram de vir aqui ao meu cantinho... mas cá estou de volta!
Foram várias as viagens, vários os lugares em que me encontrei, foram várias as pessoas com quem estive... A rotina aborrece-me e tem sido muito bom poder escapar-lhe e encher os meus olhos de imagens maravilhosas que ecoam nos meus pensamentos e sonhos fazendo-me sorrir e ansiar por mais, muito mais...

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Em suspensão


Sinto-me suspensa no ar...
Que sentimento estranho este...
Não sei onde quero estar,
nem sequer onde estou agora.
Será que me devo aventurar por esse mar fora?
Será que devo enveredar por este caminho agreste?
Será que devo esperar antes de avançar?
Será que... sei lá!
São tantas as questões sem resposta...
São tantas as indecisões e hesitações...
Gosto de me lançar de cabeça,
mas mais ainda gosto de tudo fazer bem feito.
Por vezes sinto-me exposta...
será que me perco em ilusões?
O meu puzzle não está completo,
continuo à procura das peças ou peça...
Sem descanso procuro o meu leito,
preciso recolher e respirar...
Neste momento quero simplesmente ser e estar...

terça-feira, 15 de junho de 2010

Destino vs Livre-arbítrio



Destino ou livre-arbítrio? Será que tenho de escolher um dos dois? Será que um anula o outro?
À partida estes parecem ser dois conceitos opostos e que se excluem um ao outro, no entanto para mim ambos são válidos e coexistem perfeitamente. Acredito que há coisas, pessoas e acontecimentos que nos estão destinados, mas também acredito que somos nós que escolhemos o modo como abordamos e vivemos esses momentos da nossa vida...
Se numa tarde ao andar pela rua encontro uma rosa no chão, eu posso escolher passar ao lado e deixar que seja espezinhada por um mar de pessoas ou baixar-me e apanhá-la e levá-la comigo, pô-la numa jarra com água e contemplá-la e sentir o seu perfume e deixar que um sorriso se desenhe nos meus lábios apenas porque estou a apreciar um momento daqueles prazeres simples que povoam as nossas vidas e aos quais nem sempre damos o devido valor.
Porque a vida não "nos acontece" simplesmente, nós temos em nós mesmos o poder de decidir, de agir ou não agir, porque somos seres pensantes e actuantes, nós influenciamos o meio em que vivemos, estamos constantemente a alterar a nossa realidade e a realidade dos que nos rodeiam. Mesmo a mais pequena acção que possamos fazer pode ter um efeito enorme na vida de outra pessoa quando nós até podemos nem nos aperceber ou acreditar que tal seja possível.
Então pode dizer-se que o destino são as cartas que nos calham e que o nosso livre-arbítrio é aquilo que nos permite jogá-las da melhor forma possível de que nos lembramos.

domingo, 13 de junho de 2010

Espiral destrutiva



Ao conversar com alguém, não há muito tempo, dei por mim a pensar que por vezes não importa o que uma coisa nos magoa, porque deixá-la dói muito mais... eu sei bem que isso é verdade e compreendo perfeitamente como é que nos podemos deixar arrastar por essa espiral de dor porque eu mesma já lá caí, e por isso mesmo sei o quão difícil é estar no centro da espiral, querer sair e não conseguir, sentir que nos estamos a diluir e a desaparecer lentamente enquanto queremos porque não nos conseguimos afastar e não queremos porque sabemos que nos estamos a trair a nós próprios e que somos nós que continuamos a enterrar a lâmina cada vez mais fundo no nosso peito... e se custa a respirar...
Às vezes entramos por caminhos escuros que não queremos e não sabemos bem como sair de lá, mas apesar da nossa incapacidade de ver mais além, a saída está lá, ainda que ao longe, ainda que pequena, ela está lá mesmo que não a consigamos vislumbrar... custa que tenhamos de cair, percorrer o inferno onde até as lágrimas secam porque nós secamos por dentro de tão dilacerados que ficamos mas essa caminhada eventualmente acaba e finalmente a sensação de alívio e bem-estar volta a fazer parte de nós, e o mais importante é que voltamos a ser nós mesmos, a estar em contacto com a nossa essência e angústia e o sentimento de aniquilação do ego desaparece, é o renascer das cinzas, tal e qual como uma fénix... e de novo na luz olhamos para nós e contemplamos as cicatrizes que nos marcam e recordam da nossa caminhada e de novo podemos olhar com vontade e garra para a imensidão de possibilidades que se estende ante os nossos pés... e é nesse momento somos tudo e queremos tudo e não há amarras que nos prendam, não mais somos um navio naufragado, somos sim o mar imenso e rico em vida...
E porque se não há bem que sempre dure, também não há mal que não tenha fim... e a felicidade é feita de momentos e para lhe darmos valor temos de conhecer a dor, uma não existe sem a outra... é como o bem e o mal, o bem só é bem se existir o mal, caso contrário como saberíamos o que é o bem? como poderíamos diferenciar estar bem de estar mal? Seria tudo igual, a vida seria monótona porque iria correr toda no mesmo registo, não haveriam momentos bons nem momentos maus, apenas momentos todos eles com o mesmo significado, percebidos sempre da mesma maneira...
Não há ninguém que possa dizer que nunca sofreu ou que nunca foi feliz, pois todos fomos pelo menos um pouco de ambas as coisas, e não sou masoquista nem nada que se pareça, mas a verdade é que são o sofrimento e as dificuldades que nos fazem dar mais valor à felicidade e é a recordar os momentos de felicidade passados que nos faz querer ir mais além, não nos contentarmos com pouco...
Eu, quero tudo, migalhas não me convencem e nunca ficarei na sombra porque eu sou o sol e não aceito menos que isso... e sei-o por todos os maus momentos e sofrimentos pelos quais já passei, e mais ainda, por todos os momentos de felicidade completa e total que já vivi e que foram muitos, mesmo muitos.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Dia cinzento II

Não sei bem o que sinto... não sei bem o que quero... que raio de sensação é esta? Querer e ao mesmo tempo não querer... pensar mas não fazer... bolas que estou confusa... querendo ficar perto e fugir ao mesmo tempo... esta dualidade atormenta-me! estou dividida entre vontades e quereres opostos... que posso fazer para abordar esta clivagem, esta divisão?
Acho que o que quero mesmo é algo novo na minha vida, algo totalmente inusitado e que me dê liberdade para voar ao sabor das minhas vontades... há tanto que quero fazer mas que de momento não me é permitido pelas mais diversas razões, mas sendo a pessoa que sou teimosa e impaciente continuo a insistir, sei que não é possível ter tudo agora e já mas isso não me impede de continuar a desejar e caminhar na direcção que me parece correcta no momento, ainda que as minhas percepções estejam constantemente a mudar porque vou reagindo e actuando conforme o que me envolve vai também mudando... ainda assim, há muito que se mantém constante em mim... os objectivos até que se mantêm o que vai mudando são os caminhos que percorro para tentar atingi-los...
Eu realmente detesto estes dias... sou muito reactiva à ausência e/ou presença do sol, e estes dias cinzentos aumentam o meu lado mais sombrio, alimentam-me a insatisfação, a melancolia, a impaciência e a irritabilidade até... parece que não estou tão disponível... também não é que ande o tempo todo de "trombas" ou que fique necessariamente triste... nada disso (senão havia de ser lindo passar um inverno perto de mim lol)! Mas fico mais calada, mais observadora e introspectiva e com um grande sentimento de inquietude dentro de mim... sou assaltada muito mais frequentemente por dúvidas e há questões que adquirem mais peso... não sei explicar bem... Irrito-me a mim mesma!
Quero definições e caminhos novos, desenvolvimentos, surpresas, voltas e reviravoltas, gargalhadas, dançar, ser e estar, fazer e desfazer...
QUERO O SOL DE VOLTA!

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Dia cinzento...



Estava eu tão bem a desfrutar do sol e do calor... lá veio a maldita chuva de volta!
Estes dias entristecem-me um pouco... tiram-me a vontade... sei lá, não dá para explicar muito bem... parece que o mundo gira mais devagar e de modo mais pesado, o ar fica mais denso e os rostos mais tristes...
Sinto uma inquietude que não sei de onde vem, é mais difícil estar em paz... não estou de mau-humor nem nada que se pareça, sinto é uma maior tendência para a introversão porque existe uma pontinha de insatisfação difusa... por isso mesmo preciso sair daqui, ver algo diferente, ir onde não estou... e é para lá que vou :)